terça-feira, abril 20, 2010

Eclipse I
Nesta alcova sonolenta
Aguardo a sua chegada.
A noite fica mais lenta
Quando estou com minha amada.
O lençol se espreguiça
Pois bebena mesma taça.
A lua que tudo cobiça
Espia pela vidraça.
As estrelas enciumadas
Querendo fazer espanto.
As nuvens envergonhadas
Escondem a lua num manto.
Para que tanto mistério?
- disse a lua.
Por acaso nunca amaram?
Do meu encontro com o sol
De eclipse apelidaram.
Geisa Souza Costa - 1961
(minha mãe)

Nenhum comentário: